Museu de Arte Murilo Mendes | MAMM

Juiz de Fora Verbo e Cor – Do século XX aos dias atuais

Amanhacer no Paraíbuna de Márcio Brigatto

Amanhacer no Paraíbuna de Márcio Brigatto

O diálogo entre artes visuais e literatura serve de caminho para contar a história da cidade na mostra “Juiz de Fora Verbo e Cor – Do século XX aos dias atuais” em  exposição no Mamm a partir de 6 de agosto.  O projeto reúne obras de 13 artistas juiz-foranos,  incluindo desde pinturas até fotojornalismo, e excertos de trabalhos de escritores, também conterrâneos,  que conduzem o público a ver o espaço urbano pelas perspectiva da arte.

A mostra é continuação do projeto inciado em 2013 que contou a trajetória de Juiz de Fora do período de formação do município até o final do século 19.  A novidade neste ano, em termos de linguagem artística, é a participação de obras fotográficas que justamente sinalizam as mudanças de época ao mesmo tempo que mantém o fio condutor da proposta da convergência de meios de expressão, em diferentes pontos de vista,  para narrar a epopeia da Manchester Mineira.

Um exemplo destas  possibilidades e tendências é a obra  da artista plástica Valéria Faria, que apresenta uma fotomontagem digital abordando a diversidade de confissões da devoção popular na cidade. Com outro estilo mas ainda no campo da fotografia,  há  a foto poética do amanhecer no Paraibuna, feita por Márcio Brigatto, e o registro jornalístico da Praça da Estação realizado por Humberto Nicoline.

A exposição também levanta discussões em torno das relações entre o desenvolvimento da cidade e manutenção de seu patrimônio arquitetônico e cultural. Temas como a verticalização e mobilidade urbana aparecem, respectivamente,  nas pinturas de  Regyna Tortoriello e Iriê Salomão. A demolição da antiga capela do Stella Matutina, o contraste entre os traços clássicos  e modernos na arquitetura juiz-forana, a construção da UFJF e outros acontecimentos  relevantes do período histórico mais recente também são retratados através da participação de Paulo Alvarez, Afonso Rodrigues, Pedro Guedes, M. Gabi,  Roberto Dornelas,  Paulo Bracher, Henrique Lott e Aelson Amaral.

A parte literária que acompanha cada obra conta com trechos de  Affonso Romano de Sant’Anna, José Santos e Darlan Lula, entre outros. O objetivo da contextualização  é auxiliar o visitante pela narrativa dos momentos e lugares marcantes de Juiz de Fora e incitar a reflexão sobre os objetos de cada peça. “A exposição é para fazer o jovem refletir sobre o que vê. Mostrar algo pronto não é atrativo. Ele vai procurar no texto alguma coisa que faça ligação com o que está percebendo”, afirma Gerson Guedes, idealizador da mostra e pró-reitor de cultura da UFJF.

Visitação

A visitação da mostra acontece de terça a sexta, das 9h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h.

A previsão de encerramento de “Juiz de Fora Verbo e Cor – Do século XX aos dias atuais”  é 26 de outubro.

Outras informações:

Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964

MAMM – (32) 3690-7650

Matéria atualizada 29 de julho às 16h29