Luiz Ruffato lança "Flores Artificiais" no Mamm dia 18

Rompendo as fronteiras entre ficção e realidade, Luiz Ruffato lança seu mais novo romance, “Flores Artificiais” (Companhia das Letras,2014), na próxima terça,18, às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes(Mamm). O trabalho é baseado na compilação de histórias presentes num manuscrito que o autor recebeu de um desconhecido.   

 A história da história

A correspondência de um desconhecido chega à casa de Luiz Rufatto. No malote, várias memórias do engenheiro Dório Finetto, conterrâneo do autor e funcionário do Banco Mundial. No exercício da profissão, Finetto viajou pelo mundo. De Beirute a Havana, passando por Hamburgo, Timor Leste, Buenos Aires e outros lugares, o engenheiro colecionou grandes histórias e personagens inesquecíveis, mostrando-se um observador sensível da vida que o rodeava e das pessoas que conhecia.

A reunião desses episódios, intitulados “Viagens à terra alheia”  no volume original recebido pelo escritor mineiro, transforma-se no romance “Flores Artificiais” no momento em que Ruffato percebe, no fio condutor que reunia os casos narrados,  a vida de Finetto em pano de fundo.

A partir daí, Ruffato decide imiscuir-se nas as oito histórias que compõem o miolo livro, talhando-as com força literária que lhe é peculiar, e acrescentando uma apresentação do “autor-personagem” e uma carta do narrador, no início,  e ao final um “memorial descritivo” esclarecendo a biografia protagonista.

O resultado é uma unidade espelhada. Dório Finetto dá testemunho das vidas e histórias que conheceu em suas memórias. Suas memórias, nas mãos de Luiz Ruffato, dão testemunho da vida de Finetto.

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