Museu de Arte Murilo Mendes | MAMM

Crítica Cinematográfica e Cinema Moderno são tema de Cinema em Foco dia 15

Capa  de "Hiroshima Mon amour" de Alessandra Brum

Capa de “Hiroshima Mon amour” de Alessandra Brum

A crítica cinematográfica moderna é tema do Cinema em Foco da próxima quarta, 15, às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes. Na palestra intitulada “Cinema Moderno e a crítica no Brasil da década de 1960” a pesquisadora Alessandra Brum comenta a mudança de abordagem do movimento crítico internacional e sua repercussão na produção audiovisual brasileira. Na mesma noite, a palestrante lança seu livro “Hiroshima Mon Amour e a recepção da crítica no Brasil”.

A palestra

A partir da efervescência cultural originada de múltiplas transformações estéticas no cinema moderno, a crítica cinematográfica passou a exercer intensa atividade no Brasil na década de 1960. O choque entre as tendências clássica e moderna, inspirou debates e novas percepções nos críticos de cinema, que se encontravam influenciados pelo existencialismo e pela psicologia.

Além disso, a palestra revela  fatores que passaram a ser discutidos na época e que até hoje tem grande peso cultural, como o impacto no cinema novo e seus elementos estéticos inovadores, e as referências de análise e formação de argumentos críticos.

O livro

“Hiroshima mon amour e a recepção da crítica no Brasil” é uma pesquisa inédita acerca da crítica moderna e resultado da tese de doutorado de Alessandra Brum. No livro são abordadas questões relativas ao período de produção e de recepção na França de um dos mais expressivos filmes da modernidade no cinema.

O longa conta a história de uma atriz francesa que viaja ao Japão para gravar um filme sobre a paz. Durante a viagem, a protagonista Elle conhece o arquiteto japonês Lui, com o qual tem um caso. Ambos são casados mas decidem viver no período que estão juntos este amor proibido. O affair  desperta em Elle as lembranças de outra história amor. Durante a segunda guerra, a atriz manteve um relacionamento com soldado alemão morto no conflito.

Na época de seu lançamento, o longa chamou a atenção pela forma, despontando com um dos representantes do movimento da Nouvelle Vague. Dirigido por Alain Resnais e roteirizado pela escritora Marguerite Duras, a película inova pela importância concedida aos diálogos para apreensão do filme em relação às imagens, e pela representação da passagem de tempo, voltada para o fluxo de pensamento.

Em um segundo momento, é feito um retrato da recepção da crítica ao filme no Brasil, em que se priorizam estudo e leitura de artigos publicados em revistas e jornais especializados da época, que começavam a se destacar na medida em que o cinema brasileiro surgia na década de 60.

Autora

Alessandra Brum é professora do bacharelado em Cinema e Audiovisual e do Programa de Pós-graduação em Artes, Cultura e Linguagens do Instituto de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente coordena a pesquisa Minas é cinema (www.ufjf.br/minasecinema), financiada pela FAPEMIG e pelo CNPq, um projeto do grupo de pesquisa CPCine: história, estética e narrativas em Cinema e Audiovisual.

Cinema em foco

Realizado bimestralmente, o Cinema em Foco é um projeto de extensão  voltado para o debate de filmes com realizadores, pesquisadores e técnicos em cinema e audiovisual.

Serviço

Cinema em Foco – “Cinema Moderno e a crítica no Brasil da década de 1960” & Lançamento do livro “Hiroshima Mon Amour e a recepção da crítica no Brasil”

Palestrante: Alessandra Brum

Data: 15 de abril (quarta-feira)

Horário: 19h

Local: Rua Benjamin Constant,790, Centro – Museu de Arte Murilo Mendes

Entrada Franca

Outras informações:3229-7650