Grupo Teatral Curare apresenta peça “Murilo Mendes, o poeta cósmico”, nesta 5ª

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Transformar a poesia de Murilo Mendes em peça teatral, eis o desafio do espetáculo “Murilo Mendes, o poeta cósmico”, que será apresentado nesta quinta,  18, às 20h, no Museu de Arte Murilo Mendes. A peça toma como base textos em prosa e poesias do autor, e os traduz em linguagem dramática de forma a traçar seu perfil e apresentar sua cosmovisão.

Como afirma o diretor da produção, José Antônio Mendes,  a montagem busca transmitir ao espectador os sentimentos profundos, as preocupações metafísicas e, em especial, o senso de eternidade do poeta juiz-forano.

“Não é fácil ‘traduzir’ o poema para a linguagem teatral, é uma operação que requer muito cuidado para preservar a poesia.  A poesia cuida do lirismo e do tamanho do poeta. A literatura dramática tem de fazer um pacto que se dá no campo das possibilidades entre teatro e poesia”, afirma o diretor e ator.

Para conceber o espírito muriliano de convergência de todas as artes, a montagem ainda propõe intervenções musicais com repertório que vai desde compositores eruditos, como Mozart, até cantigas do folclore popular.

O elenco de “Murilo Mendes, o poeta cósmico”  é formado por José Antônio Mendes, que além de dirigir também atua; pela atriz Martha Sirimarco; pelo violinista Delvan Rocha; pelo percussionista Celso Thebaldi, responsável pelos arranjos e regência,  e pelo violonista Charlie da Matta. A produção é  assinada por Aline Gil  Diniz.

A Companhia
Há alguns anos, a Companhia Teatral Curare busca na poesia de autores nacionais e estrangeiros a matéria prima para textos dramáticos. A Curare iniciou suas atividades em 1994, em Cabo Frio, e já realizou produções com textos de autores como o espanhol Federico Garcia Lorca, Adélia Prado, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, e poetas de países de língua portuguesa, como Moçambique, Angola e Cabo Verde.

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