Museu de Arte Murilo Mendes | MAMM

Reitoria, MAMM e IAD se abrem a mostras do projeto “Arte em Trânsito” do João XXIII

A arte como instrumento para fazer transitar a reflexão e a produção cultural em suas múltiplas possibilidades inspiram o Colégio de Aplicação João XXIII a levar um de seus mais importantes projetos a quatro diferentes espaços expositivos da Universidade Federal de Juiz de Fora. Trata-se do “Arte em Trânsito”, que, pela primeira vez, chega simultaneamente à Reitoria, ao Museu de Arte Murilo Mendes, ao Instituto de Artes e Design, além do próprio colégio, com mostras coletivas que buscam proporcionar ao público acadêmico e à população uma visão dos resultados do ensino artístico em interatividade com outras áreas e saberes.

A partir do dia 23 de setembro, as galerias Reitoria, Retratos-relâmpago, Guaçui e Édson Pável Bastos vão apresentar uma série de diferentes obras que refletem as teorias e os fazeres em arte e educação, instigando o pensamento crítico e a livre interpretação tanto de artistas quanto de observadores. Coordenado pelas professoras Renata Oliveira Caetano e Andréa Senra Coutinho, ambas do João XXIII, o projeto traz uma bagagem de oito anos de atividades que o gabaritam como uma das mais sólidas propostas para a realização de ações integradas em torno do conhecimento, oferecendo dispositivos artísticos e para formação docente.

O evento foi elaborado a partir de cinco perguntas: “O que pode o artista na escola?”, ”O que pode a arte na educação?”, ”O que pode a arte na escola?”, “O que pode a arte em trânsito?” e “O que pode uma escola sem arte?”. Cada pergunta mobiliza um grupo de objetos dispostos nos diferentes locais. A programação ainda inclui um colóquio, oficinas de práticas artísticas, performances, além de rodas de conversas sobre as obras expostas.

De olho no futuro

A coordenadora observa que o projeto tem grande potencial de crescimento em função do know-how adquirido. 2019 é um exemplo claro disso. “Este é um primeiro experimento de expansão. Em seguida, vamos pensar uma ação em que essas propostas expositivas circulem pela cidade”. Nesta primeira semana das mostras, acontece o colóquio, que fará convergir todas as inquietações das exposições para o espaço do debate e da reflexão, ocorrendo em diferentes locais. “A ideia é reunir nas mesas de debate alguns artistas e docentes, no sentido de apresentar propostas que dialoguem sobre uma pergunta norteadora”, diz.

A pergunta articuladora do colóquio, “O que pode a arte na educação?”, é respondida na palestra de abertura, a cargo do professor da Universidade Federal Fluminense, Ricardo Paschoal, referência ao pensar a arte em trânsito em diversas vertentes de atuação. “A primeira mesa traz professores de colégios de aplicação sobre o ensino de arte nesses espaços; a segunda mesa traz um debate sobre os artistas nas escolas; e na terceira mesa teremos uma descolonização do pensamento, pensando práticas sobre cultura popular e sobre outras manifestações artísticas que não as ocidentais”, explica.

Elos

A Pró-reitoria de Cultura abraça o projeto mais uma vez, alimentando as propostas pedagógicas desenvolvidas com estudantes que apresentam resultados em termos de visualidade, materialidade e inovação. Desde 2016, o convite à participação nas mostras é estendido a docentes de outras instituições, públicas e particulares, com a intenção de aproximar diferentes realidades escolares. Este ano, as exposições e performances ensaiaram sua saída dos espaços do João XXIII para se somar a outros projetos, como o “UFJF na Praça”, realizado na Praça da Estação em maio.

Nos últimos anos, tiveram participação no projeto a pró-reitora de Cultura Valéria Faria, Petrillo, Charleston Hokama, René Loui, Paulo Mota, Cida Santos, Leonardo Paiva, Lin Lima, Gilberto Medeiros, Priscilla de Paula, Fabrício Carvalho, Renan Kneipp, Claudia Rangel, Guilherme Landim e Carolina Bezerra. Também apresentaram seus trabalhos João Victor Medeiros, Gabriela Machado, Daniel Venanzoni, Carolina Bezerra, Lucas Soares, Bruna Gonçalves, Luiz Gonzaga e Leonardo Morais, entre outros.

Programação

•       MAMM: O que pode o artista na escola?

Coletiva composta pelos participantes das mostras culturais anteriores e das residências artísticas, colocados nas seguintes frentes:

As linhas: Ricardo Cristófaro (JF), Petrillo (JF), Lin Lima (RJ), Fernanda Morais (RJ);

Os objetos: Valéria Faria (JF), Afonso Rodrigues (JF), Círculo das Mulheres da Terra (RJ);

A rua: Coletivo Transverso (SP), Gabriel Ribeiro (SP);

Os olhares: Leandro Faber (JF) e Ana Mariana Coutinho (JF);

As fricções: Fabrício Carvalho (JF), Adriana Gomes (JF), René Loui (JF) e Ricardo Basbaum (RJ);

O lúdico: Luiz Gonzaga (JF) e Priscilla de Paula (JF);

As inquietações: (Residência Artística) Sandra Sato (JF), Bruna Gonçalves (JF), Marcelo Brant (Diamantina).

Chamada: Josimar Freire, responsável pela arte do banner em frente ao MAMM
A exposição ainda vai apresentar uma linha do tempo da presença de artistas na escola (Bolsista: Larissa Brandão) e textos informativos sobre cada artista.

Texto de abertura: Luciana Gruppelli Loponte (UFRGS)

Período: de 24 de setembro à 10 de novembro

•       Galeria Reitoria: O que pode a arte na escola?

Propostas pedagógicas de docentes parceiros do projeto. Entre os professores participantes estão:

– Renata Oliveira Caetano (CAp. João XXIII/ UFJF); Andréa Senra Coutinho (CAp. João XXIII/ UFJF); Frederico Crochet (CAp. João XXIII/ UFJF); Nati Borba (CAp. João XXIII/ UFJF); Bruna Tostes de Oliveira (Escola Municipal Bom Pastor/ PJF); Fernanda Morais (E. M. Prefeito Jammil Sabrá/ Prefeitura de Petrópolis); Leandro Souza (Colégio Pedro II/ Campus Humaitá); Karine Storck (CAp.da UFRGS); Carolina Esguep (Escola Helvira Hurtado de Matte/ Chile); Angeles Saura (Universidad Autonoma de Madrid/ Espanha).

A exposição também vai apresentar textos informativos sobre cada proposta pedagógica.

Texto de abertura: Bruna Gonçalves (Artista/ Graduanda UFJF)

Período: de 23 de setembro a 25 de outubro

•       Galeria Guaçui (IAD): O que pode a arte em trânsito?

Apresentação artística/documental de forma a criar uma aproximação com os estudantes da graduação e mostrar as diversas possibilidades de diálogo entre a arte e o contexto escolar.

Texto de abertura: Renata Oliveira Caetano.

Período: de 23 de setembro à 21 de outubro

•      CAp. João XXIII: O que pode uma escola sem arte?

O princípio artístico que move esse eixo é a criação de um ruído no colégio esvaziado de exposições durante o evento, mas com ações provocativas que causem a reflexão sobre a importância do ensino de arte:

– “A presença do que nos falta”: exposição com molduras vazias na Galeria Professor Edson Pável Bastos. A intenção poética é criar vazios e ausências que mobilizem a reflexão sobre a importância da presença da arte nas escolas.

– “Em treinamento”: cartazes e ações performáticas organizadas pelo “Laboratório de Instantes” sob orientação de Letícia Bertagna (IAD/UFJF). “A proposta é um convite à reflexão sobre os múltiplos sentidos de estar em treinamento, relacionando processos artísticos e existenciais”.

– “Fios, frestas e fendas: o lugar onde a arte brota”: a obra surge da oficina ministrada por Fernanda Morais, voltada para estudantes do CAp. Inspirada pelo trabalho da artista Nerea Lekuona, Fernanda pretende encontrar fendas, falhas, fissuras na estrutura arquitetônica do prédio e ali inserir os trabalhos desenvolvidos pelos alunos.

Período: de 23 de setembro a 04 de outubro

•       Colóquio: O que pode a arte na educação?

Ação que converge as inquietações das exposições para o espaço do debate e da reflexão em diferentes locais. A ideia é dialogar nas mesas sobre a pergunta norteadora.

Palestra de abertura: Prof. Dr. Ricardo Basbaum (UFF).

Mesa 1:  “Trânsitos e experiências: A arte no Colégio de Aplicação”- Renata Oliveira Caetano (CAp. João XXIII), Karine Storck (CAp.da UFRGS), Leandro Souza (Colégio Pedro II), Anna Thereza do Valle Bezerra de Menezes (CAp. da UFRJ) – (noite); Público: comunidade em geral; Local: CAp. João XXIII. Mediação: Olga Egas /FACED-UFJF.

Mesa 2: “Arte contemporânea na escola: tensões e reverberações dos artistas no chão da escola” – Lin Lima, Fernanda Morais, Sandra Sato e Petrillo – (noite); Público: comunidade em geral; Local: MAMM. Mediação: Bruna Tostes (PMJF) CAp.

Mesa 3:  “Descolonizando a experiência estética: a arte na escola” – Pedro Dutra (CAp. João XXIII), Thalita Reis (PMFJ), Eliane Bettocchi (IAD/UFJF), Artur Nascimento (PPGE/UFJF). Local: CAp. Mediação: Francione Oliveira Carvalho (FACED/UFJF).

•   Oficinas

René Loui (práticas corporais, performance e intervenções artísticas) na abertura do evento; Fernanda (bordadura coletiva); Mariana Ament (Música e sensibilidade); Leandro Souza (fotografia); Petrillo (desenho): oficinas durante a semana de culminância, e Gabriel Ribeiro (lambe-lambe) na semana de encerramento.

• Roda de conversa

Sobre a intervenção artística com a “Bazuca Poética” do Coletivo Transverso; arte feminina e feminista com o Círculo de Mulheres da Terra – MAMM; e as ações performáticas no CAp. João XXIII com o grupo do Laboratório de Instantes (IAD/UFJF).

• Performances

Gabriela Machado e René Loui, entre os dias 24 e 27 de setembro.

• Coordenação geral do projeto

Renata Oliveira Caetano (CAp. João XXIII); Andréa Senra Coutinho (CAp. João XXIII)

• Organização do Colóquio

Francione de Oliveira Carvalho (FACED)

Bolsista: Larissa Brandão. Bolsistas voluntários: Ana Beatriz Marques Penna; Isadora Matos Moreira; Lucas Soares; Mariana Couto Miranda; Paula Lopes Silva; Sergio Octavio Izzo Marcolino. Colaboradores: Pedro Augusto Dutra de Oliveira (docente – CAp. João XXIII); Ariadne Bedim Rezende (aluna egressa UFJF); Thaiz Araújo (discente – IAD); Danielle Menezes (discente – IAD)

Período: de 23 a 27 de setembro

 

 

Serviço

Arte em Trânsito

Visitação: a partir de 23 de setembro

Locais:

. Galeria Reitoria (Campus)

De segunda a sexta-feira das 8 às 20 horas, sábado das 8 às 12 horas

Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Campus UFJF

. Galeria retratos-relâmpago (MAMM)

Rua Benjamin Constant, 790, Centro

De terça a sexta-feira, de 9h a 18h. Sábado, domingo e feriados, de 13h a 18h.

. Galeria Guaçuí (IAD)

De segunda a sexta-feira das 8 às 22 horas

Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Campus UFJF

. Galeria Édson Pavel Bastos

Rua Visconde de Mauá, 300 – Santa Helena

De segunda a sexta-feira das 7 às 22h30

Entrada Franca

Outras informações: 2102-3964 (Procult) / 2102-9070 (MAMM) / 3229-7615 (João XXIII) / 2102-3350 (IAD)