Museu de Arte Murilo Mendes | MAMM
O Museu de Arte Murilo Mendes da Universidade Federal de Juiz de Fora (Mamm/UFJF) iniciou a elaboração de seu novo Plano Museológico. O documento servirá como base para o desenvolvimento de programas, projetos, ações e atividades no período de 2023 a 2026. A previsão do término deste trabalho é junho de 2023.
A primeira reunião contou com a participação da equipe técnica do Mamm e do Memorial da República Presidente Itamar Franco (MRPIF). No encontro, o superintendente do museu, Aloisio Arnaldo Nunes de Castro, e a supervisora do MRPIF, Daniella Lisieux, contextualizaram o cenário atual dos órgãos ligados à Pró-reitoria de Cultura da UFJF.
O superintendente instituiu, por meio de portaria, os conselheiros que formam a comissão para elaboração do documento: Raquel Barbosa da Silva (Divisão de Museologia), presidente da comissão; Valtencir Almeida dos Passos (Setor de Preservação), vice-presidente; Bárbara Morais (Divisão de Programação Cultural); Carmem Lúcia Altomar Mattos (Divisão de Ação Educativa); Leandro Carneiro Mendes (Subdivisão de Design, Mídias e Audiovisual); Paulo Roberto Alvarez (Divisão de Expografia); e Simone Quirino (Setor de Biblioteca e Informação).
Ferramenta de Gestão Estratégica
O Plano Museológico é uma ferramenta de gestão para museus, definindo conceitualmente a missão, a visão, os valores e os objetivos estratégicos da instituição. “Este documento revela a vocação do Mamm, suas especificidades e potencialidades e propicia alinhar as ações e projetos a serem desenvolvidos para os próximos quatro anos com vistas a alcançar de forma eficaz os objetivos, contribuindo para seu fortalecimento”, destaca a presidente da comissão.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o documento deve guiar a administração e incentivar a integração entre os diferentes setores da instituição. O superintendente do Mamm afirma que a interdisciplinaridade é uma premissa intrínseca que norteia a cadeia operatória museológica de preservação, pesquisa e difusão. “Na contemporaneidade, seria inconcebível a ideia dos setores trabalhando de modo isolado e sem estabelecer as interfaces museais. Pelo contrário, nosso Plano Museológico será elaborado com a finalidade de orientar a gestão do museu e estimular o aprofundamento da articulação entre os seus diversos setores”.
“Estamos desenvolvendo o Plano Museológico de forma participativa, mobilizando os funcionários para sua elaboração. A criação do documento é baseada no diagnóstico completo da instituição, indicando seus pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades que irão nortear um conjunto de programas, projetos e ações a serem desenvolvidas com vistas a oferecer um serviço de qualidade”, ressalta Raquel.
O Plano Museológico estabelece programas que refletem as áreas de trabalho do museu. São eles: Institucional; Gestão de Pessoas; Acervos; Exposições; Educativo e Cultural; Pesquisa; Arquitetônico-Urbanístico; Segurança; Financiamento e Fomento; Comunicação; Socioambiental; e Acessibilidade Universal.
Quanto ao último, Castro avalia que, a partir da Lei nº 11.904/2009 – Estatuto dos Museus – que constitui no marco regulatório contemporâneo do campo museal, assim como a Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência –, os debates e reflexões em torno do tema da inclusão e acessibilidade passaram a ocupar um lugar privilegiado, pautados, ainda, nos aportes teórico-metodológicos da Nova Museologia. “Temos como objetivo fomentar a visitação do público com deficiência visual e auditiva ao Mamm, bem como auxiliar na adequação do espaço físico, na audiodescrição de obras do acervo e obras em exposição, criação de materiais no Sistema Braille e na Língua Brasileira de Sinais (Libras) para sinalização e apresentação de conteúdos relacionados às atividades do museu e adequação do site e das redes sociais”, conclui Castro.