A exposição Murilo Mendes: o poeta brasileiro de Roma, do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM/UFJF), fica em cartaz até este domingo, 24 de março. A mostra reúne obras de artistas italianos da Coleção Murilo Mendes, lado a lado com textos do poeta sobre cada um deles.
“Murilo Mendes passou os últimos anos de sua vida em Roma, amando aquela cidade e ligado aos grandes artistas da época. Este núcleo italiano evidencia a evolução e uma tendência no gosto estético de Mendes. A partir dos escritos, é possível observar, além dessas relações de afeto, o trabalho do poeta como crítico de arte”, explica o responsável pela Divisão de Expografia do MAMM/UFJF, Paulo Alvarez.
A exposição reúne, em suas obras, uma variedade de técnicas: “temos a arte cinética de Gastone Biggi, o abstracionismo de Alberto Magnelli, o cromatismo de Antonio Corpora. É um rico acervo e, com certeza, o lote mais coeso da Coleção Murilo Mendes”, pontua Alvarez.
O título da mostra faz referência ao livro homônimo de Maria Betânia Amoroso. Editado pelo Selo MAMM e publicado pela Editora Unesp em 2013, é resultado de uma longa pesquisa realizada pela autora entre os anos de 2001 e 2009.
Murilo Mendes: o poeta brasileiro de Roma é a primeira mostra do MAMM/UFJF com audiodescrição disponível para todas as obras. O recurso pode ser acessado pelo celular, através de QR Codes localizados ao lado de cada trabalho. A ação faz parte do Programa de Acessibilidade Universal do Museu, disposto em seu Plano Museológico.
Após cumprir missão cultural na Europa no início da década de 1950, Murilo Mendes muda-se para a Itália e passa a atuar como professor de Cultura Brasileira na Universidade La Sapienza de Roma e na Universidade de Pisa. Em 1964, retorna ao Brasil para selecionar obras para 32ª Bienal de Veneza. Nos anos de 1970, naquele país, recebe o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina e o Prêmio Internacional Viareggio-Versilia. Morre durante viagem a Lisboa, em 13 de agosto de 1975.