"Bicho de Sete Cabeças" é atração do Saúde e Cinema na próxima 4ª

Rodrigo Santoro em atuação premiada

“Bicho de Sete Cabeças” (2001) é um retrato da realidade cruel vivenciada pelos internos de hospitais psiquiátricos. Dirigido pela cineasta Laís Bodanzky o premiado filme narra a história de um jovem injustamente internado pelo pai em um manicômio depois de ter sido flagrado com droga. O longa será exibido e seguido de debate com o professor Dr. Jairo Gama no próximo “Saúde e Cinema”, que acontece nesta quarta, 29, às 18h30 no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM).

Sinopse

No longa-metragem, Neto (Rodrigo Santoro) é um jovem de classe média baixa que vive conflitos familiares por não se enquadrar no padrão de comportamento social aceito, irritando especialmente seu pai (Othon Bastos). Neto gosta de andar de skate, pichar muros, usar brincos e cabelos compridos, comportamentos que caracterizam uma fase rebelde. Fato que a figura paterna não aceita e oprime.

A ausência de diálogo cresce e a repressão desmedida resulta no estremecimento da relação entre pai e filho, levando-os à constante troca de acusações e rompantes de agressividade. A contínua tensão e desconfiança faz com que Wilson, pai de Neto, decida internar o filho em um hospício depois de encontrar cigarros de maconha entre os pertences do rapaz. Esse momento caracteriza a entrada de Neto num abismo, contra a própria vontade.

Dentro da instituição, o jovem também é ignorado pelo psiquiatra. O profissional que raramente aparece no lugar, tem como única preocupação, o dinheiro, mesmo que para isso ele tenha que internar pessoas indiscriminadamente.

Confira o Trailer

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O enredo é baseado no livro “Canto dos Malditos”, uma autobiografia de Austregésilo Carrano Bueno (1957–2008), ex-interno de uma instituição manicomial e, como muitos outros, vítima dos abusos, espancamentos e torturas comumente praticados nesses locais.

Premiações

Com 33 prêmios e 5 indicações em território nacional, “Bicho de Sete Cabeças” foi um dos filmes brasileiros mais aclamados de todos os tempos pela crítica. Em novembro de 2000, foi o longa mais premiado no Festival de Brasília, levando para casa sete Candangos e duas premiações: o Prêmio ANDI/Unicef – Cinema pela Infância, pela contribuição para a reflexão das relações entre o jovem, a família e as instituições sociais, e o Troféu Saruê do Correio Braziliense para a atuação de Rodrigo Santoro.

Saúde e Cinema

O Saúde e Cinema é o antigo Medicina e Arte, projeto da Faculdade de Medicina da UFJF com o intuito de enriquecer a formação humanística dos estudantes e promover discussões a respeito de diversos temas que envolvam o dia a dia da clínica e ciência médica.

Serviço