Evento conta com a participação das pesquisadoras Leila Barbosa e Marisa Timponi

O Museu de Arte Murilo Mendes da Universidade Federal de Juiz de Fora convida para a abertura da exposição Nery, para sempre Ismaelíssimo. O evento acontece na quarta-feira, 15 de maio, às 19h, e integra a programação da 22ª Semana Nacional de Museus. Participam da mesa de abertura, as pesquisadoras Leila Barbosa e Marisa Timponi, autoras do livro Ismael Nery e Murilo Mendes: reflexos.

No livro, Leila e Marisa buscam dialogar as imagens ismaelinas com as palavras murilianas. “O encontro de Murilo com Ismael dá um novo rumo a estética muriliana e  ismaelina, pois tanto um quanto o outro abriram caminho nas inventivas relações entre a liberdade e a eternidade”, defendem. Completando 15 anos em 2024, Ismael Nery e Murilo Mendes: reflexos é a primeira publicação do Selo MAMM e finalista do Prêmio Jabuti.

No ano marcado pelos 90 anos de falecimento do artista Ismael Nery, grande amigo de Murilo Mendes, o Museu de Arte Murilo Mendes da Universidade Federal de Juiz de Fora (MAMM/UFJF) apresenta a exposição Nery, para sempre Ismaelíssimo. Reunindo obras do artista que fazem parte da coleção de nosso patrono, a mostra apresenta textos de Mendes sobre Nery, além de livros e objetos do acervo do museu e críticas de Mário de Andrade e Paulo Sergio Duarte.

“Ao demarcar a data que recordamos 90 anos da morte de Ismael, o MAMM quer ressaltar principalmente a sua arte e como ele a utilizava de maneira a expressar seu espírito visionário e místico, criando uma obra singular, muitas vezes renegada dentro do movimento modernista brasileiro”, explica o responsável pela Divisão de Expografia do museu, Paulo Alvarez.

De acordo com Alvarez, os excertos selecionados ajudam a contextualizar o trabalho do artista e aproximar o público da obra. “Para orientar os visitantes, utilizamos principalmente fragmentos de textos escritos por Murilo Mendes, reunidos posteriormente no livro “Recordações de Ismael Nery”. Assim, além do compartilhar partes desta história, obra e vida, de uma perspectiva íntima e única, objetivamos também celebrar esta amizade profícua, reverberada por tantos outros intelectuais da época”.